6 de julho de 2011

Escrevo, amasso, jogo fora. Como meus planos, meus sonhos, meus objetivos – grandes demais para serem realistas. Acendo um cigarro. Começo a me lembrar de tudo o que me aconteceu até hoje, dos meus erros e falhas, dos amigos que deixei pra trás, das pessoas que magoei... Eu mudei, mas não sei o que me fez mudar tanto assim. Quando dei por mim, já tinha me tornado uma pessoa fria e totalmente egoísta. Tudo começou a ficar errado, ao contrário, do avesso; e pra minha surpresa, o avesso sempre foi o meu lado certo. Eu nunca fui assim, eu nem sempre agi desse jeito; eu apenas me perdi em um caminho aonde retornar, não era mais uma opção.

Dexter

Eu não sei o que pensar, eu não sei o que sentir. Tá tudo tão estranho agora e a única coisa que eu quero é ficar sozinha, aonde o som das batidas do seu coração não podem chegar.

Dexter

4 de julho de 2011

O tempo passa, e nós por ele. Enquanto houver um tempo para eu poder passar, quero passá-lo com você, no meu coração, na minha mente. Maior o tempo, maior o espaço de você dentro de mim.

Dexter

E se eu um dia simplesmente sumisse? E se um dia eu não acordasse mais? Você sentiria a minha falta? Você lembraria de mim? Você me daria seu coração, como eu te dei o meu?

Dexter

É engraçado como oi está sempre acompanhado de adeus. É engraçado como boas lembranças podem fazer você chorar; como para sempre nunca significa tanto tempo assim. É engraçado o tanto que você perde se esquece de seu passado. É engraçado como amigos podem te abandonar quando você está triste. É engraçado que quando você precisa de alguém, ele nunca está por perto. É engraçado como as pessoas mudam e pensam que agora estão muito melhores. É engraçado quantas mentiras podem ser adicionadas a uma carta de amor. É engraçado como as pessoas sempre perdoam o que não conseguirão esquecer. É engraçado como uma noite pode conter tanto arrependimento. Mas a parte mais engraçada é que nada disso é engraçado para mim.

Seria tão bom sair por aquela porta e conhecer alguém sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que soubesse se aproximar sem ser invasivo ou que não se esforçasse tanto para parecer interessante. Alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse nossas máscaras, que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse, alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal, que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada. Alguém de quem eu não precisasse.. mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis, que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito, mas feito pra mim.