Dexter.
13 de abril de 2011
3 de abril de 2011
Quando o orkut não existia, os amigos eram sempre reais, os amores não eram apenas virtuais, crianças se divertiam em parques de diversão e não eram escravas da tecnologia, o kinder ovo ainda era R$ 1,00, os namoros duravam mais, pois, não tínhamos crises de ciúmes, as pessoas saiam mais pra se divertir, o "te amo" era sincero, não era tão banalizado como hoje, meninas brincavam de bonecas, meninos soltavam pipa e não saiam por ai dizendo que iam "pegar geral", ser playsson ou cocota não fazia a menor diferença, fotos eram tiradas para recordarem um momento e não para servir de álbum no orkut, amigos eram como irmãos e não números na lista, a gente era feliz, e não sabia.
Romantismo é o caralho! Mandar flores, abrir a porta do carro, puxar a cadeira, quilos de chocolate, ligar tarde da noite pra dizer que ama, surpresa, ficar no msn quando se está morrendo de sono, se preocupar com o presente de aniversário de namoro, gastar horrores com conta de celular, bilhetinhos, tomar chuva, passar frio, velas aromáticas, apelidinhos, mimimi, pagar tudo mesmo estando meio sem grana, recado no espelho, musiquinhas, emails melosos, gastar os dedos digitando sms, conhecer pais que já te odeiam, comer comida ruim na casa da avó, aturar sogra crente falando merda, pagar fortunas em lingeries, ficar puto e se esforçar pra ser educado, relevar frescuras, dormir sem espaço na cama. E tudo isso pra que? Pra dar tudo na mesma merda. Então quer saber? Minha vida agora é: beber com os amigos, dar risada e ganhar dinheiro. O resto? Foda-se.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.
Charles Chaplin